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Paula Lima

Uma menina superpoderosa: Píppi Meialonga!

Atualizado: 6 de mar. de 2020



Bom, ao contrário do Pedrinho, a personagem do livro de hoje, apesar de ter só nove anos, já viajou pelo mundo inteiro com seu pai, que era capitão de navio. Porém, ela mora sem pai nem mãe em uma velha casa chamada Vila Vilekula. Mas não vá pensando que ela vive sozinha ou se deixa abater por qualquer coisa! Ela dá um jeito em tudo e tem a companhia de um macaquinho e de um cavalo, que ela levanta de um lado para o outro sempre que precisa. Ah, sim! Ela é a menina mais forte do mundo ‒ deu pra perceber, né?!

Essa figura superindependente é a impagável Pippilotta Comilança Veneziana Bala de Goma Filhefraim Meialonga ou simplesmente Píppi Meialonga! Que faz os próprios biscoitos e panquecas, costura as próprias roupas, tem o cabelo ruivo preso em duas trancinhas levantadas, ama as sardas de seu rosto, usa um sapato enorme e, claro, duas meias compridas (uma de cada cor!). Tem gente que acha que ela parece muito esquisita e até tira sarro dela, mas ela não deixa por menos! Confiante como ela só, a Píppi inventa muita moda e faz muita arte!


Com Aninha e Tom, que são seus vizinhos e amigos, Píppi defende um menino dos valentões da cidade, experimenta a escola, vai a um chá muito refinado e prende dois ladrões! Mas, como nada com ela acontece do jeito convencional, ela pendura os meninos malvados nos galhos de uma árvore, vai à escola de cavalo na hora que bem entende, devora uma torta de nata depois enfiar a cara nela e dança xote com um dos ladrões! Isso sem falar que, de tanto causar no circo, ela vira a atração principal! Essa menina tem um pouco de Emília, não tem, não?


Pois é, com esse jeito de mudar tudo de lugar (em todos os sentidos!) e de sempre ter uma resposta fantástica na ponta da língua, a Píppi é um grande sucesso com seus dois amiguinhos, que se divertem muito na companhia dela. Porém, ela sempre parece malcomportada e travessa demais para os adultos, que não entendem seu jeito questionador e… ãhn… espalhafatoso de ser! O pior é que ela nem percebe que não está se comportando de acordo com as regras, tadinha, e sempre pede desculpas quando descobre... E tem uma coisa que não dá pra negar de jeito nenhum: a Píppi tem um coração enorme!


Quem criou essa menina superpoderosa foi a autora sueca Astrid Lindgren em 1945, como presente de aniversário para a filha dela, que fazia dez anos. Faz tudo isso de tempo e, já nessa época, sua personagem mais famosa alardeava que as meninas podem ser e fazer o que quiserem! Demais, né? Uma vez ela falou: “Eu escrevo para divertir a criança que vive dentro de mim, só espero que outras crianças também se divirtam”. Depois desse primeiro livro, vieram também Píppi a bordo e Píppi nos mares do sul.


E sabe o mais legal? A história da Píppi já virou filme, peça de teatro, animação, série de TV e foi traduzida para mais de sessenta países. A gente deixa aqui o vídeo do YouTube dessa animação pra você assistir e comparar com o livro! Mas ó, não esquece: ver o filme não substitui a leitura do livro, né? São dois jeitos de contar a história e um é bem diferente do outro! Legal é ler e depois assistir ao filme, ver o que foi mantido, o que não foi, as diferenças e semelhanças ‒ essas coisas! A leitura enriquece o seu olhar pro filme depois, sabe? Por isso aqui a gente vai dizer sempre que um complementa o outro ;) Ó aqui o vídeo:


Ah! E quem for pra São Paulo nesses dias pode aproveitar e dar uma passadinha na FNAC da avenida Paulista pra ver a exposição Píppi in Rio – 15 anos sem Astrid Lindgren, com fotos do sueco-brasileiro Magnus Vaena, como essa aí embaixo, da Píppi tomando água de coco no Brasil! A exposição é uma homenagem aos 110 anos da autora, que morreu em 2002, e fica em cartaz até o dia 15 de março! Quem for conta pra gente depois o que achou, combinado?


E só mais uma coisinha: Píppi Meialonga está disponível na biblioteca do colégio (acesse aqui). Do ano passado pra cá, sete alunos emprestaram o livro! Bora aumentar essa lista?


Livro: Píppi Meialonga

Autora: Astrid Lindgren

Ilustrações: Michael Chesworth

Editora: Companhia das Letrinhas

Páginas: 160

Ano: 2001

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